dezembro 13, 2011

Medo do Perigo

Amanhã espero ser menos improvável, desatento aos perigos.
As crianças não têm tantos medos.
Quando piá atravessava sobre um troncos de árvores de uma margem a outra de um pequeno riacho. Verdade!
Não havia medo, somente aventura.
Escutei, em um filme, que o medo nos torna mais egoístas.
É bem possível que seja esse o motivo de estarmos tão distantes, mesmo convivendo com tanta proximidade. Medo do perigo. Egoísmo como preservação.
Ahh... bom seria continuar atravessando troncos de árvores.

dezembro 10, 2011

Condicionar é se perder

Já busquei algumas vezes encontrar qual o motivo das pessoas pertencerem momentos íntimos, aos quais percebem o encontro da afeição, apetite e da paixão.
Não se compreende o amor, é melhor, mais simples, somente senti-lo.
Complicar, por quê?
A relação em seu início é um processo de pura abstração, pois assumimos uma atitude de desapego e flexibilidade.
Cada sorriso conquistado, cada tímido olhar são motivos para o retorno.
Os detalhes subjetivos não impõem restrições.
O desejo da permanente companhia, a conquista de um novo mundo, não permite espaço para detalhes. Não há condições. Condicionar é se perder. Sem medos, há entrega sublime.
Mas os detalhes não ficam inertes e são intimamente ligados ao tempo, surgem sem piedade. Nocivos ao amor perturbam sonhos, antes tão desapegados de pormenores.
A dor tende a ser tamanha que os momentos de felicidade podem passar despercebidos por toda uma vida.
Nunca compreendi muito bem isso tudo, ainda não compreendo.
Então, uma “hippie”, contemporânea e desapegada, me disse estar apaixonada.
Resumiu tudo de uma forma tão simples, que acaba por delinear um sentido ao amor:
“Ele me deixa tão livre, que me prendi”.